30 de jul. de 2010

Eu não devo nada prá ninguém

Já tô cheia de problemas
E você mandando assim
De repente esquece quem sou eu
Vê se enxerga que talvez
Eu saiba o que é melhor prá mim
Meu coração não morreu...
Pode crer!
Pode crer que quem sonhar um dia o sonho vem
Ah! eu não desisto dessa idéia de poder comemorar
Você vai ver, que tudo vai mudar...
Essa noite eu quero ir mais além
Eu não devo nada prá ninguém
Vamos dar um tempo prá nós dois
Que a saudade vem melhor depois..
Olhe bem para os meus olhos
Tente ver o brilho qu'eles tem
Eles vão mostrar o meu amor
Você sabe que eu sou uma mulher
Minha parte eu faço bem
Meu coração não mudou, mudou não...
Amanhã quem sabe até te pago um cinema
Mas é que hoje eu já chamei
Minhas amigas prá sair
E se eu puder
Eu vou me divertir...
Essa noite eu quero ir mais além
Eu não devo nada prá ninguém
Vamos dar um tempo prá nós dois
Que a saudade vem melhor depois..

valeu a pena

Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão. Que o amor
existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas, que a vida é
bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim e que valeu a pena.

Who do you think you are?

I know I can't take one more step towards you
Cause all that's waiting is regret
Don't you know I'm not your ghost anymore
You lost the love I loved the most
I learned to live, half alive
And now you want me one more time
Who do you think you are?

 
Runnin' 'round leaving scars
Collecting a jar of hearts
Tearing love apart
You're gonna catch a cold
From the ice inside your soul
Don't come back for me
Who do you think you are?

 I hear you're asking all around
If I am anywhere to be found
But I have grown too strong
To ever fall back in your arms
I've learned to live, half alive
And now you want me one more time
Who do you think you are?
Runnin' 'round leaving scars
Collecting a jar of hearts
And tearing love apart
You're gonna catch a cold
From the ice inside your soul
Don't come back for me
Who do you think you are?
It took so long just to feel alright
Remember how to put back the light in my eyes
I wish I had missed the first time that we kissed
Cause you broke all your promises
And now you're back
You don't get to get me back
Who do you think you are?
Running around leaving scars
Collecting a jar of hearts
And tearing love apart
You're gonna catch a cold
From the ice inside your soul
So don't come back for me
Don't come back at all
Who do you think you are?
Who do you think you are?
Who do you think you are?

sentimento valorizado

Não quero alguém que morra de amor por mim.
Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando.
Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo, quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade.
Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim.
Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível. E que esse momento será inesquecível. Só quero que meu sentimento seja valorizado.
Colocando a emoção no corpo e a razão no sentimento.
Respeitando a distinção entre emoção e sentimento.

27 de jul. de 2010

saudade

Sinto saudade de tudo que marcou a minha vida.
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros,
quando escuto uma voz, quando me lembro do passado,
eu sinto saudade...

Sinto saudade de amigos que nunca mais vi,
de pessoas com quem não mais falei ou cruzei...

Sinto saudade da minha infância,
do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro,
do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser...

Sinto saudade do presente,
que não aproveitei de todo,
lembrando do passado
e apostando no futuro...

Sinto saudade do futuro,
que se idealizado,
provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser...

Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei!
De quem disse que viria
e nem apareceu;
de quem apareceu correndo,
sem me conhecer direito,
de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.

Sinto saudade dos que se foram e de quem não me despedi direito!

Daqueles que não tiveram
como me dizer adeus;
de gente que passou na calçada contrária da minha vida
e que só enxerguei de vislumbre!

Sinto saudade de coisas que tive
e de outras que não tive
mas quis muito ter!

Sinto saudade de coisas
que nem sei se existiram.

Sinto saudade de coisas sérias,
de coisas hilariantes,
de casos, de experiências...

Sinto saudade do cachorrinho que eu tive um dia
e que me amava fielmente, como só os cães são capazes de fazer!

Sinto saudade dos livros que li e que me fizeram viajar!

Sinto saudade dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar,

Sinto saudade das coisas que vivi
e das que deixei passar,
sem curtir na totalidade.

Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que...
não sei onde...
para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi...
...

E é por isso que eu tenho mais saudades...
Porque encontrei uma palavra
para usar todas as vezes
em que sinto este aperto no peito,
meio nostálgico, meio gostoso,
mas que funciona melhor
do que um sinal vital
quando se quer falar de vida
e de sentimentos.

Ela é a prova inequívoca
de que somos sensíveis!
De que amamos muito
o que tivemos
e lamentamos as coisas boas
que perdemos ao longo da nossa existência...

não presta

O que obviamente não presta sempre me interessou muito. Gosto de um modo carinhoso do inacabado, do malfeito, daquilo que desajeitadamente tenta um pequeno vôo e cai sem graça no chão.




Clarice Lispector

abracei o ar

Eram dois olhos. semi-cerrados. eram muitas imagens. centenas, milhares. atrás daqueles olhos. e através da minúscula fresta que havia entre suas pálpebras, pude ver dúvidas. pude ver seguidos momentos de sonhos acumulados, horários a cumprir, problemas a resolver. eu só procurava felicidade naqueles olhos. me esforçava para proporcionar isso, e rápido. queria ser inesquecível. foi aí que envolvi meus braços em volta de sua cintura e, aspirando pelo nariz e boca um suspiro trêmulo, apertei-a como o ar, até que meus cotovelos tocassem minhas costelas. abracei o ar. não havia nada ali.

26 de jul. de 2010

VAI VER SE EU TÔ LÁ NA ESQUINA, palhaço...
_I_

24 de jul. de 2010

Testes psicológicos

à pedidos...

1º Teste:


Foi descoberto que o nosso cérebro tem um Bug.
Aqui vai um pequeno exercício de cálculo mental!
Este cálculo deve ser feito mentalmente e rapidamente, sem utilizar calculadora, nem papel e caneta, ok?

Seja honesto e faça os cálculos mentalmente.
Tens 1000, acrescenta-lhe 40. Acrescenta mais 1000. Acrescenta mais 30 e
Novamente 1000. Acrescenta 20.
Acrescenta 1000 e ainda 10. Qual é o total?
..
..
..
..
..
..
(resposta abaixo)

Teu resultado é 5000?
A resposta certa e 4100!
Se não acreditar, verifique com a calculadora.
O que acontece e que a sequência decimal confunde o nosso cérebro,
que salta naturalmente para a mais alta decimal (centenas em vez de Dezenas).


2º Teste:


Rápido e impressionante.
Conte quantas letras “F” tem no texto abaixo, sem usar o mouse:

FINISHED FILES ARE THE RE-
SULT OF YEARS OF SCIENTIF-
IC STUDY COMBINED WITH
THE EXPERIENCE OF YEARS

Contou?
Somente leia abaixo após ter contado os “F”. Ok?
Quantos? 3? Talvez 4?
Errado!
São 6 (seis).
Não é piada! Volte para cima e leia mais uma vez!
A explicação está mais abaixo.
O cérebro não consegue processar a palavra “OF”.
Incrível, né?
Quem conta todos os 6 “F” na primeira vez é um “gênio”, 3 é normal,
4 é mais Raro, 5 mais ainda e 6 quase ninguém.
( isso não é de todo verdade, eu contei os 6 de primeira e não lembro da parte que sou um gênio)

3º Teste:


Sou diferente? Faça o teste.
Alguma vez já se perguntaram se somos mesmo diferentes ou se pensamos a
mesma coisa?
Façam este exercício de reflexão e encontrem a resposta!
Siga as instruções e responda as perguntas uma de cada vez ‘mentalmente’ e o mais rápido possível, mas não siga adiante até ter respondido a anterior. E se surpreenda com a resposta!
Agora, responda uma de cada vez:
Quanto é:
15+6=


….21…

3+56=


….59…

89+2=


….91…

12+53=


….65…

75+26=


….101…

25+52=


….77…

63+32=


….95…
Sim, os cálculos mentais são difíceis. Mas agora vem o verdadeiro teste.
Seja persistente e siga:
123+5=
….128…

RÁPIDO!!!
PENSE EM UMA FERRAMENTA E UMA COR!
……
E siga adiante…
…….
Mais um pouco…
……..
Um pouco mais…
……..
Pensou em um martelo vermelho, não é verdade?
Se não, você é parte de 2% da população que é suficientemente diferente para pensar em outra coisa.
98% da população responde martelo vermelho quando resolve este exercício.
Enfim eu pensei em um martelo vermelho e aposto que se você não pensou em um martelo foi em uma chave de fenda amarela ou verde! ( EU NÃO PENSEI --' NO MARTELO VERMELHO,arg)

minha contradição

O problema é que ando confusa. Sei que as coisas que faço e que fiz vão me trazer consequências. Aliás, já me trazem. Mas um problema ainda maior que esse é que minha contradição não é com o que faço com ou aos outros, minha contradição não é essa, essa não é tão difícil de lidar ; difícil mesmo é se contradizer a mim mesma, é achar uma coisa e fazer outra, é querer amarelo e pegar verde, é ter que ser sempre a certa. Minha contradição é comigo mesmo.


AlaneRibeiiro

22 de jul. de 2010

Nessa vida, nessa história, eu e você.

anja *-*

Não têm asas e não podem voar
Mas em seu coração trazem o dom de amar.
Preciso da sua amizade, da sinceridade do teu carinho.












te amo minha amiga linda e obrigado por tudo.

20 de jul. de 2010

tal do amor

E se a gente perder
Que seja derrota suada, sofrida, roubada...
De mão beijada nem a pau!
E se a gente ganhar
Que seja vitória disputada, merecida, conquistada...
Vou pro pau!
Apostar na parte bacana do tal do amor
Do tal do amor.

para amar

Às vezes me pergunto se eu viverei sem ter você,se saberei te esquecer...
Passa um momento e eu já sei Você é o que eu quero ter,Inesquecível para amar
Mais que uma história pra viver o tempo parece dizer:
Não, não me deixe mais,Nunca me deixe
Quanto mais longe possa estar é tudo o que eu quero pensar
Não, não me deixe mais
Porque eu te quero aqui,Inesquecível em mim
Ouço sua voz e a alegria dentro de mim faz moradia,vira tatuagem sob a pele
Te levo sempre em meu olhar, não canso de te procurar
Entre meus lábios sinto a falta de você.

14 de jul. de 2010

2.4

Bebi saudade a semana inteira .Na verdade, já faz um tempo, foi saudade antes, parou por dois dias e agora ela reina e me embreaga...
Pior que isso, é a plena certeza que eu tenho que conviverei com ela muito tempo,até muito mais tempo do que eu imagino...

6 de jul. de 2010

...

Amor, amor
Fiel me trai, me azeda
Me adoça e me faz viver.

algo decente

Já passou, fomos perdoados
Por todos os deuses do amor
Acabou, podemos ser claros
Como era antes, seja lá como for
Alguém tentou desesperadamente
Sentir algo decente

Sou feliz, pois já fui julgada
Daqui pra frente, tudo é meu
Então fala baixo.

5 de jul. de 2010

amor todo dia

Ana se lembrava bem. Como em todos os outros dias, ela se levantou, entrou embaixo do chuveiro, lavou seus cabelos, colocou uma roupa, comeu algo e foi pra escola. Quando a garota chegou em casa, abriu seu MSN. Um convite novo. ‘Aceite’, pensou ela. Foi por sua intuição, sempre ia. Era um garoto, chamado Bruno. Os dois começaram a conversar. Com o tempo descobriram que gostavam das mesmas bandas, das mesmas comidas, do mesmo tudo.
Tinha quase tudo em comum, exceto uma coisa: a cidade. O garoto morava em Londres. A garota, em Bolton, uma pequena cidade ao sul da Inglaterra.
Eles começaram a conversar mais e mais. Cada dia mais, cada vez mais. A mãe de Ana achou que estava viciada em internet, o que realmente estava. Ela estava certa, Ana não podia contrariá-la. A garota era apenas muito preocupada com seu futuro, não deixava de fazer lições de casa para entrar no computador. Mas assim que acabava, ligava logo o aparelho.
Era também o caso de Bruno.
O garoto sempre que chegava da escola deixava o computador ligado, com o Messenger aberto. Desligava a tela do computador, e fazia a lição. Sempre tinha pouca, então ficava esperando Ana, até 6 da tarde, que era quando a garota entrava, mais ou menos.
Os dois começaram a conversar aos 17 anos, e foi assim. No começo dos 18 anos, aconteceu a coisa mais esperada pras amigas de Ana (sim, porque as amigas sabiam de tudo, e esperavam há cerca de 9 meses algo acontecer): Bruno a pediu em namoro.
E foi assim, se conheceram por um computador, namoravam por um computador. O que os dois tinham era maravilhoso. Uma coisa que as amigas de Ana jamais haviam experimentado, ou ouvido falar. Nem mesmo na ‘vida real’. Eles confiavam um no outro mais que qualquer casal que todas as amigas de Ana já tinham visto, ou ouvido falar. Isso requer, realmente, muita confiança. E eles se amavam. Quando as amigas de Ana passavam o dia na casa da garota, elas viam a conversa. Elas conseguiam sentir o amor.
Eles estavam completa e irrevogavelmente apaixonados. Não havia nada que mudaria aquilo. O tempo passou, os dois ficavam mais apaixonados a cada dia (o que ia totalmente contra as idéias de Marcela, amiga de Ana. A garota pensava que a cada dia que se passasse, a tendência era o amor se esvair. Eles provaram que estava errada). Todo dia de manhã, na hora da aula dos dois, Bruno ligava para a garota. A acordava, para começarem o dia com a voz um do outro. Um dia o garoto apareceu com a boa notícia: ele conseguiria ir para Bolton. Passaria um dia lá, pois viajaria.
Eles se encontraram à noite, em frente à ex-escola de Ana. Ela conversou com o garoto. Ana não quis beijá-lo.
- Vou ficar dependente de você. Sei que você é uma droga pra mim, é viciante. Então se eu te beijar hoje, não vou conseguir ficar mais um minuto longe de você. A gente vai se reencontrar. E ai, vamos ficar juntos pra sempre.
Ela disse e o abraçou. Com mais força do que já abraçou outra pessoa. E o garoto se contentou em encostá-la. Ele sabia que o que Ana estava falando era verdade. Eles IRIAM se encontrar. E IRIAM passar o resto da vida juntos. Ele tinha certeza que ela era o amor da vida dele. Bom, agora a ‘maldita inclusão digital’ se transformou na melhor maldita inclusão digital.
O tempo passou rápido quando eles estavam juntos. Se divertiram muito, e Bruno gostou da simpática cidade da sua namorada. Ele foi embora no dia seguinte, cedo demais para conseguirem se despedir.
O tempo passou, e o amor dos dois só ia aumentando. Passaram-se 6 meses desde que Ana tinha conhecido seu namorado pessoalmente, e Marcela ainda não entendia por que eles não tinham se beijado.
- Any, você já parou pra pensar que pode ter sido uma chance única?! Você foi idiota, você sabe disso, né? – A garota dizia, sempre culpando Ana.
Mas ela sabia o que era melhor pra ela. Já tinha cansado de explicar para Marcela. Não explicaria mais uma vez. Haviam 9 meses que os dois namoravam, e um ano que se conheciam.
Eles se amavam muito, mais que qualquer pessoa que as amigas e amigos do casal já tinha visto. Um dia, Bruno apareceu com a notícia: ele conseguiu uma bolsa em uma faculdade em Bolton, e se mudaria para a cidade tão desejada.
Ana se chocou com isso. Por semanas se perguntou se sacrificaria o tanto que o garoto iria sacrificar por ela. Mas ela não era a maior fã de pensamento. Isso a fez mal.
- Any, deixa de ser besta. Você o ama, até eu posso perceber isso! E você sabe, eu não sou a pessoa mais esperta do mundo. – Marcela disse, encorajando a amiga.
- Eu sei, Marcela, mas... Ele tá desistindo da vida toda dele em LONDRES pra vir pra BOLTON! Por mim! – Ana disse – E pela bolsa que ele ganhou na faculdade, mas é mais por mim, ele me disse.
- Ana, presta atenção. – Ana olhou pra amiga. – Você não sabe quantas meninas invejam você. Não sabem mesmo. Eu, por exemplo, te invejo demais. Daria qualquer coisa pra ter um namorado como o seu.
Vocês confiam tanto um no outro, e se amam tanto. Eu tenho até nojo de ficar no quarto com você quando você ta conversando com ele. É um amor que se espalha no ar, que nossa senhora! Eu consigo sentir os coraçõezinhos explodindo pelo quarto. Ai fica tudo rosa, e você fica com uma cara de sonho realizado pro computador! Any, pára de subestimar o que você tem. Deixa de ser idiota.
- Você é um amor, sabia? Marcela, não sei. Não dá. Eu não desistiria de tanto por ele, e eu acho injusto ele desistir de tanto por mim.
Marcela bufou. Porque a amiga tinha que ser tão burra?
Meses se passaram, o tempo passava rápido. Ana não terminaria o namoro por messenger, frio demais. Ela esperaria o namorado chegar.
A garota tentava adiar o máximo possível, por mais que quisesse ver o garoto de novo. Ele tinha um cabelo lindo, e olhos mais ainda. Ana conseguiria ser invejada por todas as garotas da cidade se fosse vista com ele. Mas ela não queria inveja. Queria seguir o seu coração.
Quanto mais Ana queria adiar a situação, mais as horas corriam, e com elas os dias, as semanas, as quinzenas, os meses. O ano.
Chegou o dia; Ana esperou o seu futuro-ex-namorado onde se encontraram meses atrás.
Ela negou o beijo mais uma vez. O namorado ficou sem entender, mas aceitou.
- Olha, eu tenho que conversar com você.
- Diga. – Bruno sorriu.
- Quando você me disse ‘Vou me mudar pra Bolton’, eu fiquei feliz. Mais feliz que já fiquei há muito tempo. Mas depois eu comecei a pensar se faria o que você ta fazendo por mim. Você desistiu de toda sua vida em Londres, Bruno.
- Eu sei. Pelo melhor motivo na face da Terra.
- Não, não é. Eu sinto que eu não to sendo justa com você. E sem ser justa com você, eu não sou justa comigo. Eu não sei se eu faria o que você fez. Eu acho que não. Eu sou egoísta demais, eu não sei. Não quero mais ser injusta com ninguém, não quero dormir pensando isso. Há meses eu penso nisso, e fico com peso na consciência. E, de verdade, eu não sei se seu amor é o suficiente pra mim. – A garota disse e virou as costas.
Foi andando para a sua casa. E ao contrario de momentos tristes clichês (n/a: eu odeio clichês), não estava chovendo. O céu estava azul, o sol brilhava, como raramente acontecia em Bolton. Mas o que estava dentro de Bruno (e de Ana) não era assim tão brilhante.
Para Ana chegar em casa, tinha de passar pela frente da casa de Marcela – era esse o motivo de um sempre estar na casa da outra; elas moravam lado a lado. A garota passou correndo, chorando, enquanto Marcela estava na janela. Marcela saiu correndo de casa – ignorando completamente o estado critico em que se encontrava: blusa dos ursinhos carinhosos, cabelo preso em um rabo-de-cavalo mal ajeitado, short curto de florzinhas e pantufas do tigrão – indo logo para a casa da amiga. Ela bateu a campainha, e a mãe da amiga atendeu. Disse que podia subir as escadas, Ana estava em seu quarto.
Marcela subiu correndo, tropeçou, quase caiu 3 vezes – ‘Malditas escadas enormes’, pensava – mas chegou ao quarto em segurança (lê-se sem sangue escorrendo pela cara).
- Any! O que foi, amor? – A garota encontrou a amiga deitada, chorando em sua cama.
- O Bruno! – Ana não conseguia falar direito. Por essa mini-frase Marcela tinha entendido. Não tinha mais Ana e Bruno pra sempre e sempre e sempre e sempre. Agora era Ana.
A garota aprendeu a viver com a dor. Passaram-se 5 anos, Bruno estava formado em direito, era um advogado de sucesso, ainda morando em Bolton – nunca largaria a cidade que abrigava seu, ainda, maior amor. Ana era uma fotógrafa de sucesso, ganhava a vida fotografando famosos de todo mundo – mas não saíra de Bolton também, amava a cidade com todas e cada fibra de seu ser.
Bruno era melhor amigo de Ana, Ana era melhor amiga de Bruno. Ana tinha um noivo, um executivo de sucesso, que vivia de Londres pra Bolton, de Bolton pra Londres. Já Bruno sabia: por mais que tentasse achar alguém igual à Ana, não conseguiria. Só ela seria o amor da sua vida, que ele amava excepcionalmente. Nunca iria mudar.
 Ana iria passar algum tempo fora da cidade, iria para a capital, fotografar uma banda inglesa. Iria dirigindo à Londres – depois de tanto custo para tirar a carteira de motorista, agora queria mostrar ao mundo que tinha um carro e sabia guia-lo.
Um carro. Dia chuvoso. Pista dupla. Um caminhão. Visão confundida. Bebida em excesso. No que isso poderia resultar? Não em uma coisa muito boa, com certeza. O caminhão bateu de frente com o carro de Ana. Ela não estava muito longe de Bolton, portanto ela foi levada para um hospital na cidade. O seu noivo, por sorte, estava em Bolton. Foi avisado, depois os pais, Marcela. E por ultimo, Bruno.
Ele se apressou em chegar ao hospital que Ana estava internada. Ele chegou antes mesmo de Felipe, noivo da garota. Bruno andou por corredores com luzes fluorescentes fracas, brancas, o que aumentava a aflição dele.Como estaria Ana? A SUA Ana? Ele nunca imaginou nada de mal acontecendo à SUA Ana. Ela sempre seria dele, amiga ou namorada. Seria dele.
Achou o quarto em questão, 842. Abriu a porta com cautela, e viu a imagem mais horrível que jamais poderia ter imaginado: Ana, sua Ana, deitada em uma cama de hospital, com ferimentos por todo o rosto e braços – as únicas partes de seu corpo que estavam aparentes. Ele chorou. Não queria ver a pessoa que ele mais amava em todo o universo daquele estado. ‘Frase clichê’, pensou, ‘mas porque não eu?’. As lágrimas caiam com força. Ele saiu do quarto com a visão embaçada pelas lágrimas; não sabia o que podia fazer.Ele foi para o lugar do hospital em que se era permitido fumar, e fez uma coisa que não fazia desde que tinha conhecido Ana: acendeu um cigarro. Começou a fumar, e ficou sozinho lá, encarando a parede. Imaginando se teria sido diferente se ele tivesse continuado em Londres. Ele lembrava, foi quem apoiou o curso de fotografia.
 - Ah, cara... – Ana chegou se lamentando.
- Que foi, Any? – Bruno sorriu.
- Eu tenho que escolher o que eu vou fazer da vida, mas... É difícil demais!
- Eu sei bem como é... Porque não tenta fotografia? – Bruno apontou para a máquina digital, que agora estava nas mãos da garota. – Eu sei que você adora tirar fotos.
- Bruno, sabia que você é um GÊNIO? – Ana sorriu e abraçou o melhor amigo. SEU melhor amigo.
Se ele não tivesse sugerido o curso, Ana não estaria no hospital à essa hora. Os pensamentos profundos do garoto foram cortados quando a porta se abriu, fazendo o garoto estremecer.
- Ah, que susto, doutor. – Bruno se virou.
- Desculpe. Você é Bruno, certo?
- Certo.
- Bom, você tem bastante contato com Ana, certo? – Bruno balançou a cabeça positivamente. – Nesse caso, eu sinto muito. Para sobreviver, a Ana precisaria de um coração novo.
A lista de espera por um coração é grande, e não sei se ela conseguirá sobreviver até chegar sua vez de receber um novo coração.
Como poderia viver em um mundo sem Ana?! Saiu do lugar. Não podia esperar as coisas acontecerem, e ele ser egoísta e ficar em seu mundo, fumando até Ana ir pra outro lugar. Ele pegou um papel, uma caneta e escreveu um endereço, e um horário, uma hora depois daquilo. Entregou para o noivo de Ana, que agora estava na sala de espera.
- Já foi vê-la? – Perguntou Bruno. O noivo negou com a cabeça.
Ele saiu andando, saiu do hospital. Foi para seu escritório, pegou 3 papéis grandes e digitou 3 cartas. Uma para os pais. Uma para Ana. E uma sobre os desejos que tinha.Ele tomou um remédio depois disso. E dormiu, lenta e serenamente, dormiu. Não acordaria mais. Quando o noivo de Ana chegou, encontrou Bruno deitado no chão, sem pulso. Estava morto. Em cima da mesa, 3 cartas. Um recado para ele: "Eu não gosto de você. Nunca vou gostar. Mas mesmo assim, você tem que fazer algo que não poderei fazer. Leve meu corpo para o hospital, com essa carta em cima dele. A carta que está em cima das outras.
Após isso, entregue a segunda carta para Ana quando ela acordar. E quando a noticia da minha morte chegar, entregue a terceira para os meus pais."
Assim acabava a carta. Felipe não acreditava no que lia. Não acreditou, e nem precisava. Correu para o hospital em seu carro. Ele entregou a carta e o corpo do homem, que agora estava ainda mais branco. Aconteceu na hora; o coração dele foi tirado e levado para Ana. Quando ela acordou, não muito depois, viu os pais dela, seu noivo e os pais do namorado de 6 anos atrás. Eles sorriam e choravam; ela não entendeu. Foi quando viu a carta com a letra dele, escrito o nome dela. Ela pegou a carta e leu, então. "Meu amor, bom dia. É hora de acordar. Eu não pude te ligar hoje, você estava ocupada. Por isso deixei essa carta. Sabe, eu não vou estar ai por um bom tempo, as pessoas sabem quando a sua hora chega. E eu aceitei a minha com a mesma felicidade que eu tinha quando te vi na frente da sua escola. A minha hora chegou quando seu fim estava próximo.Eu te prometi que te protegeria de tudo e qualquer coisa que acontecesse, e mesmo sem chamar, eu estive lá. Desta vez não me chamou, quis resolver sozinha, eu não podia deixar. Eu resolvi dar um fim então. Eu estava ficando cansado, o trabalho pesava demais. Mas porque agora? Eu não sei. Mas não teria sentido eu viver em um mundo que você não existe. Então eu decidi ir antes e ajeitar as coisas. Pra daqui a alguns anos nós conversarmos aqui na minha nova casa. Agora eu tenho que ir, meu amor. Esse coração no teu peito, esse coração que bate no teu peito. É o mesmo coração que está inundado do amor que você disse não ser o suficiente. É o mesmo coração que lhe dava amor todo dia. Por favor, cuide bem dele. Agora eu preciso ir, preciso descansar um pouco. Eu vou estar sempre contigo
Eu te amo !
PS: Não sei se vou conseguir te acordar amanhã. Você me perdoa por isso?"
Então ela chorou. Chorou e abraçou os pais, os pais dele. Chorou como nunca, e tremia por tantas emoções passarem por seu corpo. Ana encarou o noivo. Terminou o noivado naquele dia. Não adiantava esconder algo que estava na cara: ela amava Bruno, e seria sempre o SEU Bruno. ELE era o homem de sua vida, não Felipe. O homem que sempre esteve lá, amando-a ao máximo. Em qualquer momento.
Ela chorou muito, e seguiu a vida. Todos os dias ela lembrava de Bruno. Viver em um mundo sem ele não fazia sentido. Mas não desperdiçaria todo o amor e que estava dentro dela. Ela podia sentir seu coração batendo. Ela lembrava a cada momento, que mesmo separados eles estavam juntos. Mas apenas uma coisa fazia seu coração se apertar, se contorcer de dor. Que fazia uma lágrima se escorrer sempre que pensava nisso.
Ela sentia falta daqueles beijos. Dos beijos que foram negados. Mas ela foi feliz. Morreu com seus oitenta e tantos anos. Mas era sempre feliz. Afinal,
O coração do homem de sua vida batia dentro dela.

mas amei você ♫

Sufoquei, não deixei você sair sem mim
Vigiei só para garantir,
Infernizei, controlei cada segundo
Liguei só pra verificar
Te cerquei, coloquei escuta, grampeei o telefone
Afastei amigos
Ameacei violência apaguei o seu passado
Odiei não estar lá
Mas amei você...amei você
Mas amei você...yeah, yeah
Mas amei você...amei você
Mas amei você...pode agradecer
Quebrei presentes sabe-se lá de quem
Rasguei fotos sei muito bem de quem
Queimei cartas que não escrevi, não
Não deixei, proibi, não permiti
Roupas, gestos, sorrisos que não consenti
Evitei que seu brilho ofuscasse o meu
Mas amei você...amei você
Mas amei você...yeah, yeah
Mas amei você...amei você
Mas amei você...pode agradecer
Chantageei e até chorei
Pena e medo sempre boas coleiras
Enrolei, explorei e até chifrei
Pequenas besteiras...
Te marquei feito um gado, fui seu dono
E tranquei, castiguei, vampirizei
Fiquei puto por não conseguir controlar o seu pensamento
Mas amei você...amei você
Mas amei você...yeah, yeah
Mas amei você...amei você
Mas amei você...pode agradecer


Jay Vaquer - Pode agradecer ♫

4 de jul. de 2010

não é você

Algumas pessoas precisam de um espelho bom e de outro ruim. Sem ter regras de comportamento nas quais se basear, elas se perdem dentro do próprio caráter. Quem define se você será algo a ser seguido ou repudiado, não é você.
E quem disse que julgamentos são justos? Respire, encare, enfrente e toque o foda-se.

Não tão trágico

A fumaça que sai dos carros entrelaçados dessa esquina da minha vida promete mais do que o espetáculo cumpre: já assisti a eventos piores. Os motoristas, há tempos já tiveram alta em seus hospitais. Exibo em meu torso parcos arranhões que acidentam o toque da pele, mas essa brusca interrupção de movimento acabou por me privar apenas daquelas preocupações bestas de outrora, que me tiravam o foco e entortavam o caminho. O caminho segue errante e irregular, mas dessa vez os passos são só meus. Sim, livre.
No entanto, essa mesma liberdade acaba nos amarrando a uma intensa e incessante necessidade de ter antigas sensações, gozar de prazeres que antes nos eram rotineiros. Quando menos percebemos, já estamos novamente atando o nó do nosso barco em algum outro cais. De novo? 
Isso é normal.
Em algum determinado grau, somos meros neurônios de um corpo imensamente maior, esperando por uma faísca que nos conecte. Afirmo que estamos sempre, mesmo que imperceptivelmente, procurando conexões. É instintivo dividir sensações, compartilhar momentos, comungar histórias com outras pessoas. O único período em que sentimos dor é o momento em que estamos no vácuo de uma transição de histórias. A última página do capítulo parece pesar uma tonelada, às vezes, mas ela precisa ser virada a qualquer custo, e um outro par de mãos pode ajudar nessa tarefa. Uma vez novamente ligados, a dor se dissipa como a fumaça que esconde as ferragens do acidente. Estamos respirando, e evoluindo.
A gente sai de cena com as roupas rasgadas, bolsos vazios e a mente confusa, sem saber como fomos parar ali. Mas e se pudéssemos jogar todos os livros fora e carregar conosco apenas a página do agora? É tão comum a gente se apegar ao passado e viver numa réplica dele, na ilusão de que estamos andando pra frente… no entanto, se tivéssemos realmente sido felizes no processo, jamais teríamos mudado. Então a gente muda. Mas o problema é que a gente muda sentindo medo demais. 
A gente navega perto da costa, esquecendo-se de que poderia ser bom perder o horizonte, seguir a vontade da corrente e atracar na próxima ilha. Por mais que ela demore a surgir no infinito, ela é nova, e a gente chegou lá sem bússola.
Antes de ligar para a emergência, esperei para ver através da fumaça o que realmente acontecera. Um acidente, embora não tão trágico. Um espasmo de vida em um coração que parecia padecer em estado vegetativo. O trânsito voltou ao normal, e eu voltei pra casa, graças a uma carona que eu queria que tivesse durado alguns minutos a mais.
Só lembro do rosto através do vidro quebrado. Esquecer? Não consigo. Repensar? Não quero. Reviver? Não aguento. Roteiro pros próximos capítulos? Não tenho. 

3 de jul. de 2010

como eu

Ah! Que bom
Seria se eu pudesse te abraçar
Beijar, sentir
Como a primeira vez
Te dar o carinho que você merece ter
Eu sei, te amar
Como ninguém mais
Ninguém mais
Como ninguém jamais te amou
Ninguém jamais te amou, te amou
Ninguem mais
Como ninguém jamais te amou
Ninguém jamais te amou
Como eu, como eu.

quero mais é te perder

Entenda sim, não há amor quando há nada
Ninguém perdeu se empata
Tentemos nova tacada
Olha que horror!
eu que já fui sua amiga
Hoje sou a bandida
que não lhe quer nem roubar. ♫