23 de fev. de 2011
Ela pode estar olhando as suas fotos neste exato momento. Por que não? Passou-se muito tempo. Detalhes se perderam. E daí? Pode ser que ela faça todas as coisas que você faz, escondida. Sem deixar rastro nem pistas. Ou percorra trajetos que eram seus, na tentativa de não deixar que você se disperse das lembranças. As boas. Por escolha ou fatalidade, pouco importa, ela pode pensar em você. Todos os dias. E ainda assim preferir o silêncio. Ela pode reler seus bilhetes. Ela pode ouvir as suas músicas, procurar a sua voz em outras vozes. Quem nos faz falta acerta o coração como um vento súbito que entra pela janela aberta. Não há escape! Talvez ela perceba que você faz falta. E diferença. De alguma forma, numa noite fria. Você não sabe. Ela pode ser o menina com quem passará aquele tão sonhado verão em Paris. Talvez ela volte. Ou não.”